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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Fifa proíbe palavrões dentro do Mané Garrincha - Torcedores ironizam


Luiz Felipe Scolari está sozinho. Entre os oito técnicos da Copa das Confederações, nenhum outro é adepto dos palavrões e xingamentos “motivacionais” à beira de campo. Desta vez, o comandante da Seleção Brasileira não poderá ter nem sequer o apoio das arquibancadas na hora de fazer cobranças aos atletas. Tudo por causa de um dos itens do código de conduta da Fifa, aceito por quem comprou ingressos para a competição: quem xingar demais pode acabar expulso dos jogos.

O texto diz que os torcedores não podem agir de maneira “provocativa, ameaçadora, discriminatória ou ofensiva”, sob pena de acabarem retirados dos assentos. Há chance, portanto, de as palavras “merda” e “cacete”, costumeiramente proferidas por Felipão, ecoarem sem companhia nas arquibancadas. “Em caso de incidentes graves, o torcedor será retirado do estádio pela equipe de segurança”, informou a Fifa, por meio de assessoria de imprensa. Palavrão até pode, desde que seja usado com moderação.

Expulsar alguém será a última opção. A entidade planeja resolver de forma amistosa o que chama de “situações desagradáveis”, pois jamais precisou tomar a medida. O monitoramento ficará a cargo dos stewards, agentes de segurança privada, posicionados em frente às arquibancadas e nas escadas que dão acesso aos assentos. A Polícia Militar só será acionada caso algum torcedor continue exaltado.

O código de conduta está impresso no guia entregue junto dos ingressos. Muitos torcedores, porém, não sabiam disso e demonstraram surpresa. “Eu xingo até cobrança lateral”, brinca o estudante Jonas de Almeida, de 20 anos. “Você não quer ofender, tudo isso acontece no calor do jogo. Deixa o povo xingar em paz”, clama. O amigo dele, Leandro Madeira, também 20, faz coro: “Eu sou mais tranquilo, mas se o Brasil estiver perdendo, vou acabar xingando. E se alguém reclamar de mim, vou pedir para vir xingar comigo”, cobrou. A dupla já escolheu até mesmo o alvo favorito: o atacante Neymar, que, na opinião deles, está “meio mole” ultimamente.

Adeus, compostura
Se o apoio nas ofensas não vier das arquibancadas, Felipão ao menos poderá contar com companhia dentro de campo. O técnico não deve ter o grupo mais “boca suja” da história da Seleção Brasileira, mas boa parte do time titular não poupa os palavrões no momento de cobrar os colegas.

Mesmo comandado por Scolari, o grupo brasileiro perde para os rivais no quesito “potencial de insulto”. “Incendiários” de verdade só existem dois na Copa das Confederações: os atacantes Mario Balotelli, da Itália, e Luis Suárez, do Uruguai. Que não sirvam de exemplo ao torcedor. E, principalmente, não estejam na mira dos agentes de segurança dos estádios.

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