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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Acertos e erros no estádio Mané Garrincha


Listamos pontos importantes no jogo Brasil x Japão.

  • O que funcionou


Acesso fácil
Apesar da grande movimentação nos arredores do Mané Garrincha e dos protestos que tomaram conta do centro de Brasília desde a manhã de ontem, quem chegou cedo ao estádio — antes até do início da cerimônia de abertura, marcada para as 14h25 — encontrou facilidade ao entrar na arena. Mesmo as filas maiores fluíam rapidamente. As informações destinadas aos torcedores eram anunciadas por meio de megafones ou de caixas de som.

Filas menores
Um dos problemas mais graves dos dois eventos testes no Mané Garrincha foi equacionado com sucesso. A maioria dos torcedores atendeu a recomendação de chegar mais cedo, e isso fez com que as filas andassem rápido.

Respeito ao números
A maioria dos torcedores respeitou os assentos marcados. Poucos agentes de segurança foram acionados para resolver conflitos de quem se sentou na cadeira alheia. De forma geral, só não se sentou onde deveria quem trocou de lugar a fim de assistir ao jogo perto de amigos e de parentes. "Por sorte, encontrei um amigo no estádio e consegui negociar para que mudássemos de lugar. Ele estava sozinho, e eu queria ficar perto do meu sobrinho", comemorou o estudante Ricardo Oliveira, 25.

Saída tranquila
Graças às 24 saídas e ao espaço amplo nos arredores do Mané Garrincha, a debandada dos torcedores ocorreu tranquilamente. A iluminação na dispersão do público também esteve melhor do que nos eventos testes.

Acústica imponente
A arquitetura do estádio contribuiu para potencializar as manifestações da torcida. Tanto os gritos de apoio aos jogadores quanto as vaias recebidas pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter; e a do Brasil, Dilma Rousseff, ganharam amplitude extra.

Visão perfeita
Mesmo quem ficou nas últimas fileiras das arquibancadas superiores teve uma boa perspectiva do que acontecia no campo: o Mané Garrincha não tem ponto cego. "É uma visão muito boa, panorâmica. Dá para ler o jogo completamente", avaliou o aposentado Simão Dias Gomes, ex-jogador de futebol.

Show de imagens
O jogo foi transmitido, ao vivo, nos telões localizados atrás dos dois gols, algo inédito na história do futebol no Distrito Federal. Na geração de imagens, sobraram replays nos lances mais importantes — a Fifa cortava as imagens somente quando exibia lances que pudessem causar polêmica, como faltas marcadas.

Acessibilidade satisfaz
"Nota 8", avaliou o bancário Oldemar Barbosa, 38. Ele e a mulher, a orientadora educacional Viviane Peres, usaram as rampas de acesso, passaram pela catraca exclusiva para portadores de deficiência e ficaram satisfeitos. Os pontos destinados a eles, além disso, estavam bem localizados, logo na entrada da arquibancada inferior, com visão completa do gramado.

Água à vontade
A água estava cara, mas só pagava por ela quem queria: de graça, era possível recorrer aos bebedouros — alívio para aliviar o calor de quem ficou ao sol. "Está muito quente e muito seco. Se tivéssemos de comprar água no bar toda hora, faliríamos. Comprei uma vez, ganhei um copo e fiquei enchendo ele pelo resto do jogo", contou o contador Júnior Henrique Lopes, 29.

Paz nas arquibancadas
Não houve registro de confrontos dentro do estádio. Brasileiros e japoneses assistiram ao jogo, lado a lado, sem provocações. Depois do hino nacional dos nipônicos, por sinal, parte da torcida verde-amarela chegou a entoar o nome do país rival.



  • O que não funcionou


Faxina ruim
Muitas cadeiras estavam sujas, principalmente na arquibancada superior. "Precisamos implorar para que viessem aqui limpar", reclamou o gerente comercial Wendell Gonçalves, de 38 anos. Antes mesmo de a partida começar, os corredores entre as arquibancadas também precisavam de faxina.

Meia-entrada sem controle
Muitas pessoas atravessaram os detectores de metais sem apresentar ingressos, medida de segurança considerada fundamental pela Fifa. Nas catracas, os torcedores podiam passar sem mostrar documento de identificação — na prática, portanto, qualquer um poderia entrar com meia-entrada no Mané Garrincha. Na Portaria D, o treinamento dos voluntários responsáveis pelas roletas só foi feito depois da abertura dos portões, e um torcedor teve de emprestar o próprio bilhete para o teste.

Escada para todos
Mesmo com uma insuficiência renal crônica, o aposentado Coaracy Freitas (foto), de 70 anos, foi obrigado a enfrentar as escadas para se sentar na arquibancada superior. "Os voluntários são sempre educados e prestativos, mas nem sempre têm a informação certa", criticou a mulher dele, Antonia Freitas, 63. O casal reclamou de não ter sido convidado a se sentar em lugar mais acessível. Os idosos, além disso, não tiveram um fila preferencial nas catracas.

Cadeiras inexistentes
Assim como aconteceu em Santos x Flamengo, foram vendidos bilhetes para áreas inexistentes: não havia a cadeira F36 do Setor 103, por exemplo, nem o assento T38 do Setor 407. Outro problema resultou do espaço apertado entre as fileiras — sobretudo, nos anéis superiores. A cada vez que alguém precisava sair do lugar, os demais torcedores tinham de se levantar a fim de facilitar a passagem. "Devo ter pagado o suficiente só para passar algumas horas em pé", ironizou o empresário Marcos Guimarães, 38.

Crise nas lanchonetes
Não houve cobrança de documento de identidade para vender cervejas. O número de pontos de comércio, além disso, não foi suficiente. Vendedores demonstravam despreparo, e longas filas se formavam rapidamente. Em boa parte dos caixas, não havia troco disponível. Antes mesmo de o jogo começar, faltou comida em vários pontos. "Passei mais de 20 minutos na fila. Só me avisaram que tudo tinha acabado quando cheguei ao caixa", lamentou a estudante Bruna Bedritichuk, 22, atendida no Setor 434. Por causa das filas, muitos torcedores perderam os gols de Neymar e de Paulinho.

Banheiros com problemas
Alguns banheiros estavam com fluxo de água fraco, insuficiente para dar uma descarga completa. No banheiro feminino do Setor 434, seis torneiras estavam interditadas. Em um dos lavabos do anel inferior, havia oito sanitários destinados a deficientes físicos. Só um deles, porém, tinha pia com torneira. Um dos boxes incompletos acabou usado como depósito da equipe de limpeza, que ali guardou rodo, esfregão, saco de lixo e materiais de faxina.

Sinalização imperfeita
Chegar ao lugar marcado não foi tarefa fácil para todos. As letras pintadas no piso estavam cobertas de poeira. "Os voluntários apontam que lado temos que ir, mas essas letrinhas no chão são horríveis de enxergar. Demorei bastante para me localizar", criticou a servidora pública Juliana Guedes, 46.

Orientação precária
Boa vontade não faltou por parte da maioria dos voluntários. A qualidade das informações, porém, deixou muito a desejar — principalmente para turistas estrangeiros. Muitas das pessoas que trabalharam no estádio mandavam os torcedores de um lado para o outro. Sem dúvida, a principal piora em relação aos dois eventos testes do estádio até então.

Serviço VIP frustrante
Em um dos camarotes do Lounge L2, com muitos convidados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), faltou cerveja. Segundo Raymundo Neto, gerente do salão, foram levadas 580 garrafas long neck, para pelo menos 20 empresas convidadas. "Isso serve de lição, e temos mais tempo para nos preparar até a Copa do Mundo", afirmou. Os torcedores de lá conseguiram beber apenas até o fim do primeiro tempo. Perto do apito final, a situação piorou. "Não tem cerveja, não tem copo, acabou tudo", reclamou o torcedor Milton Marques.

Sinal perdido
O fraco sinal de internet, principalmente no primeiro tempo, frustrou quem tentava postar imagens e mensagens da partida nas redes sociais. Até mesmo fazer ligações ficou praticamente impossível durante boa parte do jogo. As chamadas completadas apresentavam falhas na comunicação, quando não caíam rapidamente — independentemente da operadora.


Gramado falho
O gramado piorou bastante desde a última partida, Santos x Flamengo, em 25 de maio. Havia muitas falhas, principalmente no círculo central e na pequena área dos dois goleiros. No fim do primeiro tempo, o goleiro Julio Cesar chegou a arrancar tufos e atirá-los fora. "Talvez o gramado dos (Centro de Capacitação Física do Corpo de) Bombeiros estivesse melhor", afirmou o técnico Luiz Felipe Scolari.

1 comentários:

  1. Olá turma do Eu sou Brasil voluntario,

    Meu nome é Humberto Alves, sou gerente de afiliados do www.apostasonline.com e gostaria de lhes fazer uma proposta.

    Como não consegui encontrar nenhuma área para contato, poderiam me enviar um email para afiliados [arroba] apostasonline.com para darmos continuidade a negociação?

    Grande abraço

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