O torcedor que acompanhará a
abertura da Copa das Confederações no Estádio Nacional de Brasília Mané
Garrincha terá de pagar caro para não passar fome ou sede durante o
jogo. Isso porque, nos 54 bares e restaurantes no interior da arena, o
valor cobrado por produtos como água, refrigerante, cachorro-quente e
cerveja não segue o padrão do mercado consumidor da cidade e chega a ser
até 100% superior, no caso do sanduíche. A oferta de comidas e bebidas
também é restrita, já que somente produtos dos patrocinadores oficiais
podem ser vendidos.
Assim como em bares e em casas noturnas, será
vedada a entrada na arena de alimentos e bebidas trazidos pelo
frequentador. No entanto, o preço que se desembolsa para consumir nela é
superior até mesmo ao de festas e baladas locais conhecidas pelas altas
cifras. Se a sede apertar, será preciso pagar, por exemplo, R$ 6 por
uma garrafa d’água de 600 ml (leia quadro) — os valores são determinados
pela Fifa.
A conta assustou o servidor público Adauto Melo de
Carvalho, 25 anos, durante o embate entre Flamengo e Santos pelo
Campeonato Brasileiro, em 26 de maio. “É um absurdo”, avaliou. Na
ocasião, ele comprou um copinho de água de 200ml, mas não achou o valor
justo. “No supermercado, eu teria pagado bem menos”, disse. Ele conta
que costuma reservar R$ 20 para assistir às partidas de futebol, mas,
desta vez, preferiu economizar. “A sorte é que eu não gosto de beber em
estádio, senão ficaria bem mais caro”, brincou. “A infraestrutura não é
ruim, mas pagamos muito caro pelo conforto e para estarmos lá dentro”,
disse.
0 comentários:
Postar um comentário