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terça-feira, 23 de julho de 2013

BV: Últimos dias para sacar auxílio-alimentação

O valor está disponível para saque até 25 de julho em qualquer agência do Banco do Brasil. 


O saque do auxílio-alimentação é exclusivo para os voluntários que atuaram nos aeroportos, áreas de fluxo, pontos turísticos e festas públicas, no suporte ao público-alvo de atendimento: torcedores, imprensa não credenciada, turistas e população em geral. 

Para receber o auxílio, o voluntário precisa apresentar documento de identidade original com foto e o CPF.

O valor depositado está em conformidade com a portaria do Ministério do Esporte (ME nº128 de 13 de junho de 2013), que estabelece que a cada dia de atividades o voluntário terá direito a R$ 15, mediante assinatura da lista de presença durante a atuação.

Dúvidas sobre como retirar o auxílio-alimentação? Envie um e-mail para voluntariado@esporte.gov.br informando o número de seu CPF e cidade-sede em que atuou.

Fifa vai comercializar cerca de 3 milhões de ingressos para a Copa do Mundo, com preço mínimo de R$ 30

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) vai comercializar cerca de três milhões de ingressos ao público durante a Copa do Mundo de 2014. A venda terá três fazes, que começam no dia 20 de agosto de 2013. 
Para residentes no Brasil, os ingressos mais baratos são para estudantes, idosos e beneficiários do Programa Bolsa Família, com preços de R$ 30 (cerca de US$ 15) para 47 dos 48 jogos da fase de grupos.

A exceção é a partida de abertura, que terá preços entre R$ 80 e R$ 990. Para os compradores de outros países, as entradas custarão a partir de US$ 90 para as partidas da fase de grupos na categoria 3 (com exceção do jogo de abertura, que custa US$ 220).

A primeira fase de vendas vai do dia 20 de agosto até 10 de outubro de 2013. De acordo com a Fifa, nesse período não terá importância a data de solicitação dos ingressos, pois todos os pedidos serão reunidos e processados conjuntamente, ao final desta etapa.

Se o número de solicitações recebidas por jogo e categoria exceder a quantidade de ingressos disponíveis, será feito um sorteio para determinar os solicitantes a serem contemplados para os respectivos jogos ou categorias.

É importante lembrar que os primeiros 300 mil ingressos da categoria 4 nesse sorteio serão oferecidos prioritariamente a pessoas com mais de 60 anos, estudantes e beneficiários do Programa Bolsa Família.
Foram adotados dois limites para as solicitações. O primeiro é que os ingressos da Categoria 4 são exclusivos para quem reside no Brasil. Haverá no mínimo 400 mil ingressos para os torcedores dessa categoria, cujos preços são os mais baratos. No máximo quatro bilhetes por partida para até sete partidas podem ser adquiridos por domicílio.

Nos termos da Lei Geral da Copa do Mundo da Fifa 2014, aplicável a residentes do Brasil, também estão previstos outros preços especiais: estudantes, pessoas com mais de 60 anos e beneficiários do Programa Bolsa Família terão direito a 50% de desconto nos valores dos ingressos de categoria 4.
Além disso, idosos (com mais de 60 anos) residentes no Brasil terão direito à meia-entrada nos ingressos de Categoria 1 a 3.

Ainda de acordo com a legislação brasileira, pelo menos 1% do total de ingressos adquiríveis será destinado a pessoas com deficiência. Foi estabelecido que esses ingressos terão o mesmo preço da Categoria 3. As pessoas com deficiência terão também a opção de solicitar um ingresso gratuito para um acompanhante.



Ministério informa que começou o envio dos certificados


Com o fim da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013, chegou a hora da emissão e envio das certificações a todos os que participaram da etapa de treinamento e para quem atuou no torneio. O envio começa a ser feito ontem, dia 22 de julho, para os endereços informados nos formulários de atualização de dados. 

Emitidos pela Universidade de Brasília (UNB), os certificados estão de acordo com a participação ou presença no treinamento virtual, treinamento presencial e curso de liderança. 

 Quem atuou nos aeroportos e esteve presente no curso oferecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) também receberá um certificado de participação. 

Para quem fez o TOEIC, Teste de Inglês para Comunicação Internacional, o certificado será enviado junto com os outros documentos para o endereço informado.

Aqueles que atuaram nas cidades-sede durante a realização do torneio e assinaram a lista de presença, receberão o certificado de atuação, também emitido pela UnB. Esta certificação, em especial, será impressa e enviada até 31 de agosto de 2013.

Para aqueles que ainda não preencheram os formulários, basta envia-lo apenas uma única vez, com os dados corretos de endereço, inclusive CEP, e outros dados pessoais.

Confira abaixo o link para o formulário de cada cidade-sede:


Belo horizonte: 

Fortaleza: 

Recife:


quinta-feira, 18 de julho de 2013

MPDFT: Bebidas alcoólicas no estádio apenas em eventos internacionais

Venda e consumo estão restritos aos jogos organizados pela Fifa, como foi o caso da Copa das Confederações 2013 e será da Copa do Mundo 2014


A Justiça atendeu o pedido da Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC) e da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) e restringiu a venda de bebidas alcoólicas no Estádio Nacional de Brasília aos eventos esportivos organizados pela Fifa. De acordo com Lei Geral da Copa (12.663/2012), o comércio de bebidas alcoólicas é permitido apenas em eventos internacionais, como foi o caso da Copa das Confederações 2013 e, em breve, será da Copa do Mundo 2014. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) alega que essa permissão é temporária, por isso, os demais jogos devem seguir o Estatuto do Torcedor.

Segundo dados estatísticos coletados pelo MPDFT, a proibição de bebidas alcoólicas em eventos esportivos reduz a violência em mais de 40%. Diante disso, em 2010, o Estatuto do Torcedor foi modificado e proibiu, claramente, a venda e o consumo de bebidas em jogos (artigo 13-A, inciso II, do Estatuto do Torcedor).

Entenda o caso - Em maio, a empresa Parlamento Restaurante Ltda. firmou contrato com a Federação Brasiliense de Futebol (FBF) para fornecer bebidas e comidas no Estádio Nacional de Brasília. Com a proibição de comercializar bebidas alcoólicas no local, a empresa ajuizou ação contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para que se abstivesse de impedir a venda.
Inicialmente, a Justiça concedeu a liminar para que a CBF não inibisse a comercialização de bebidas alcoólicas (cervejas) no Estádio Nacional. Entretanto, a vedação está prevista em lei e a venda só é permitida nos jogos da Fifa. Diante disso, o MPDFT entrou com recurso contra a decisão.

Blatter isenta Fifa de culpa e questiona escolha do Brasil como sede

blatterOs protestos em torno dos estádios brasileiros durante a realização da Copa das Confederações parecem ter surtido efeito na entidade máxima do futebol mundial. 

Nesta quarta-feira, Joseph Blatter, presidente da Fifa, afirmou que o Brasil pode não ter sido a melhor escolha para sediar a Copa do Mundo em 2014. Um possível arrependimento do mandatário foi revelado em entrevista à agência de notícias alemã DPA e foi reproduzida pela agência AP.

"Se acontecer novamente, temos de colocar em questão se fizemos a decisão errada na escolha do país-sede", destacou Joseph Blatter nesta quarta-feira. O presidente da Fifa participou da abertura de uma conferência sobre esportes, mídia e economia, idealizada pelo ex-jogador e técnico alemão Franz Beckenbauer, em Going, na Áustria.

Após os protestos na Copa das Confederações, que dominaram as ruas de sedes brasileiras, como Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Rio de Janeiro, a Fifa se reuniu com o Governo Federal e discutiu sobre a instabilidade política que o país atravessa. De acordo com Blatter, a entidade máxima do futebol não pode ser responsabilizada pelas mazelas sociais que provocaram os movimentos.

"Não foram reuniões políticas, mas enfatizamos o tema da instabilidade. A Fifa não pode ser responsabilizada pela discrepância social que existe no Brasil. Não somos nós que temos que aprender com os protestos, mas sim os políticos brasileiros", analisou Joseph Blatter, que, já no final de sua explicação, tentou amenizar sua crítica à organização verde e amarela.

"O Brasil foi a melhor escolha que podíamos fazer. Era a decisão correta e nós a reafirmamos", discursou Joseph Blatter. Sem ter uma votação direta, o país foi escolhido como sede dos dois eventos da Fifa em 2007. Em busca de um entendimentos das duas partes, a entidade deve se reunir com o Governo Federal em setembro.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Copa DF: oportunidade de desenvolvimento econômico e social

Governo federal e FIFA fazem avaliação positiva da primeira fase da Copa das Confederações e reafirmam compromisso com legado social


O ministro do Esporte detalhou os investimentos previstos na Matriz de Responsabilidade da Copa, que lista uma série de obras de mobilidade urbana, aeroportos e infraestrutura que integram o planejamento estratégico do país para aumentar e antecipar recursos para o desenvolvimento da infraestrutura. E rebateu as críticas atuais contra os investimentos com obras de mobilidade que estão sendo realizados com o recebimento da Copa do Mundo no país. “Se esses investimentos forem tratados como custos, há um problema conceitual e o Brasil não estará aproveitando esta excelente oportunidade de se desenvolver”, enfatizou.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, avaliaram positivamente a primeira fase da realização da Copa das Confederações no Brasil. Ambos ressaltaram a importância da realização do evento e destacaram o papel potencializador de desenvolvimento econômico da competição para as cidades-sedes e para o Brasil. 

A afirmação foi feita em entrevista coletiva na manhã de hoje no Estádio Mário Filho, o Maracanã. Também estiveram presentes o diretor de Comunicações da FIFA, Walter de Gregorio; o secretário-Executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes e o CEO do COL, Ricardo Trade.

Inclusão Social - O ministro destacou ainda que o futebol, no Brasil, é muito mais do que um esporte. “Em um país que já foi muito desigual, o futebol é uma grande plataforma de oportunidade. Ele se estabeleceu no país não por uma questão de mercado e nem por uma questão política, mas pela prática do povo”, destacou.

Para o secretário-Executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, a realização destes eventos tem um papel fundamental e deixará inúmeros legados. “A Copa do Mundo tem que ser vista sob uma perspectiva maior, uma estratégia de investimento para o país. Não podemos falar em custo da Copa do Mundo, mas sim em oportunidade de desenvolvimento da Copa do Mundo”, pontuou.

A diversidade das cidades-sedes - Após a coletiva, cada cidade-sede nos seus respectivos stands divulgaram balanços regionais sobre a Copa, turismo e de investimentos realizados. O secretário de Turismo, Luiz Otávio Neves; o coordenador do Comitê Brasília 2014, Sérgio Graça, e coordenadora-chefe de Comunicação para a Copa, Samanta Sallum, recepcionaram Jérôme Valcke e Ricardo Trade. “Se a Copa das Confederações em Brasília já foi boa, e foi só um jogo, imagina no ano que vem, com a Copa do Mundo, que serão sete jogos na cidade”, destacou Trade.

Oportunidade de desenvolvimento - A organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo irão acrescentar R$ 112 bilhões na economia brasileira e gerar 3,6 milhões de empregos, segundo levantamentos divulgados pelo governo federal. Em Brasília, com o jogo de abertura da Copa das Confederações entre Brasil x Japão, no dia 15 de junho, a realização do evento movimentou cerca de R$70 milhões na economia local, segundo pesquisa da Codeplan. O faturamento do comércio e dos serviços vinculados ao evento aumentou em 10% durante a semana de 10 a 16 de junho.

Segundo levantamento da Embratur, o jogo entre Brasil e Japão atraiu 11.521 turistas, entre brasileiros e estrangeiros. De acordo com a Federação do Comércio do DF, os hotéis foram os principais beneficiados e registraram uma alta de 70% na demanda, que chegou a 95% de ocupação.

"Tivemos apenas um jogo que, apesar de importantíssimo por ser a abertura, já demonstrou que podemos aproveitar para desenvolver a cidade. Na Copa do Mundo o resultado será ainda melhor", avaliou o secretário de Turismo.

Melhorias no transporte público e mobilidade urbana – Além de licitar toda a frota de ônibus do DF, que na próxima sexta-feira (28) já começa a ser substituída, o Governo do Distrito Federal investiu em projetos de mobilidade urbana. Por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o GDF garantiu aproximadamente R$ 4 bilhões em investimentos para obras de infraestrutura e mobilidade. 

Entre as obras em andamento, a readequação da via que liga o aeroporto ao centro da capital, a DF-047. Ela contará com via exclusiva para ônibus de passageiros, turistas e delegações. Ainda está prevista a expansão e modernização do metrô, a construção do túnel de Taguatinga, a construção de 600 km de ciclovias em várias cidades e o Expresso DF-Sul, que ligará as cidades do Gama e Santa Maria ao Plano Piloto e será outro grande legado das competições.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Divulgadas porcentagens de conclusão das obras nos estádios-sede da Copa do Mundo de 2014

Todas as arenas já ultrapassaram os 60%, mas nenhuma delas chegou perto dos 90% ainda

Arena Amazônia é a mais atrasada para a Copa do Mundo
Foram divulgadas as porcentagens de conclusão das obras nos estádios-sede da Copa do Mundo de 2014, nesse mês de junho.

Todas as arenas já ultrapassaram os 60%, mas nenhuma delas chegou perto dos 90% ainda. A mais adiantada até o momento é a Arena Corinthians, que alcançou 80% de conclusão.

Já a mais atrasada até o momento é a Arena Amazônia, que completou apenas 62% das obras até o momento.

A previsão é de que as Arenas sejam inauguradas em dezembro desse ano, e concluídas (com detalhes que restam) no início de 2014. Além desses seis estádios, o Brasil terá outras seis arenas, usadas na Copa das Confederações deste ano.

Arenas da Copa em Junho de 2013
Arenas da Copa em Junho de 2013 / Crédito:Revista Placar

Consórcio quer proibir que torcida assista a jogos em pé no Maracanã


Admistradores do estádio também querem impedir que torcedores circulem sem camisas no estádio

O presidente do consórcio que administra o Maracanã, João Borba, afirmou nesta quinta-feira que a diretoria do estádio tem a intenção de promover uma "mudança de hábitos" dos torcedores. Essa alteração passaria pela proibição de instrumentos de percussão e de alguns tipos de bandeiras e pela obrigação de que todos os espectadores assistam ao jogo sentados.

"Vamos conversar com os clubes para a mudança de hábitos. Me refiro a bambus, aos surdões, assistir aos jogos em pé. O bambu não tem nem onde ficar", disse ao jornal Extra.

Segundo a publicação, há ainda a ideia de proibir que torcedores circulem pelo Maracanã sem camisa. O jornal afirma também que serão instaladas grades no anel inferior do estádio, a fim de evitar brigas entre torcidas rivais. O plano inicial do consórcio era que fossem instalados vidros ali, o que acabou vetado pela Fifa, que proíbe a utilização de barreiras em arenas que receberão torneios diretamente ligados a ela - o Maracanã receberá a final da Copa do Mundo de 2014. As grades serão removíveis, para que sejam atendidas as exigências da entidade máxima do futebol mundial.

O principal estádio do Rio de Janeiro recebeu a decisão da Copa das Confederações, há cerca de dez dias. Até agora, apenas o Fluminense assinou contrato com o consórcio, por um período de 35 anos. O Botafogo deve ser o próximo a firmar um vínculo, enquanto o Flamengo não chegou a um acordo financeiro com os novos administradores do Maracanã.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Voluntário da Fifa aponta 10 lições aprendidas durante a Copa das Confederações

Por João Paulo Castilho
Termina a Copa das Confederações. Brasil foi campeão, Espanha vice. O evento que foi o grande teste do Brasil antes da Copa do Mundo havia sido duramente criticado pela população que pedia um país mais justo do que um estádio bonito. Por mais que os protestantes estivessem certos (muitos ideais concordados por mim), tive orgulho de ter ajudado a organizar a competição, pois 1) foi uma grande chance de mostrar meu trabalho num evento visado e badalado e 2) trouxe muitas histórias para contar a meus filhos no futuro.
Após ser voluntário no amistoso Brasil x Chile, no Mineirão, fui convocado pela FIFA a trabalhar no Centro de Mídia (SMC) do mesmo estádio durante 15 dias e nos três jogos que Belo Horizonte recebeu da competição. Então, aqui vão dez conclusões que tirei deste voluntariado, que vai ficar eternamente marcado na minha vida pessoal e profissional:
  1. Ser voluntário da Copa das Confederações foi um sonho realizado que durava quase seis anos. Desde o Pan de 2007 desejava atuar ativamente na colaboração de um grande evento esportivo para ganhar o maravilhoso uniforme e ver os jogos dentro do estádio. Sempre sonhei com essa roupa e finalmente consegui. Sonhei em ver os jogos e vi partidas MEMORÁVEIS (Foi maravilhoso ver o gol de honra do Taiti, os gols do Chicharito e o da vitória brasileira sobre o Uruguai). Mas aprendi: ser voluntário não é só vestir Adidas e assistir jogos de futebol: é vestir Adidas, poder ver jogos e trabalhar duro para que o espetáculo saia da melhor maneira possível.
  2. Ser voluntário foi muito legal porque pude fazer amizades de vários lugares do mundo: pessoas que vinham desde o bairro Serra (BH), até pessoas da América (Colômbia, Peru, México) e da Europa (Alemanha, Holanda e França). Além disso, essa Copa me fez reencontrar dois camaradas de longa data, que não via há tempos e que foram presenças frequentes do Centro de Mídia do Mineirão: Guilherme “Piu” Guimarães (O Tempo) e Tarcísio Badaró (TV Globo), sem falar dos amigos que fiz no jogo Brasil x Chile, que não os via desde então. Aproveito a oportunidade e deixo o meu forte abraço aos todos e obrigado por tudo.
  3. Ser voluntário da Copa das Confederações significou ser um profissional muito melhor. Vi como funciona uma cobertura de torneios internacionais, vi o funcionamento dos bastidores, vi como se organiza uma transmissão de jogos, recebi conselhos bons, realizei trabalhos próprios da imprensa, fiz outros que nada tem a ver com Jornalismo, engoli alguns sapos, não engoli outros, levei puxões de orelha… Mas tudo isso serviu para que eu amadurecesse profissionalmente e daqui pra frente não só meu currículo estará mais enriquecido (afinal, trabalhar na Copa das Confederações é pra poucos), mas principalmente a minha capacidade profissional. Com a bênção de Deus, muitas portas abrirão para mim no futuro e acredito sinceramente que vou ser um funcionário infinitamente melhor do que era antes do início dos trabalhos no Mineirão.
  4. Ser voluntário [vou copiar uma colega voluntária], me mostrou que “há quatro tipos básicos de jornalistas: aqueles que sabem muito e são humildes. Aqueles que não sabem nada e se acham os tais. Aqueles que também não sabem nada, mas justamente por isso são humildes. E aqueles que sabem TUDO, são humildes e trabalham como voluntários. Se algum desses jornalistas chatos te tratar mal, apenas sorria. (Mas guarde bem a cara dele para aquela hora da coletiva de imprensa movimentadíssima da semifinal, em que você estará responsável pelos microfones, e ele estará lá, levantando epilepticamente a mãozinha, doido para fazer uma pergunta).” É nessa hora que o troco vem. Voluntário bobo e refém de humilhação é o cazzo.
  5. Ser voluntário da Copa das Confederações foi a grande oportunidade que tive de aprimorar na prática o meu espanhol. Perdi a vergonha e encarei o desafio e corri o risco de ser achincalhado pelos europeus. Passei no teste. Meu espanhol foi altamente elogiado por colombianos, uruguaios, peruanos, mexicanos, argentinos e até mesmo por um jornalista de Barcelona, que tratou os brasileiros com todo o respeito, diferentemente de alguns atletas da Fúria. Graças a Deus, neste teste eu fui aprovado.
  6. Ser voluntário da Copa das Confederações foi a oportunidade de realizar o sonho de conhecer três dos jornalistas que eu mais admiro: OSVALDO PASCOAL e ERALDO LEITE (Rádio Globo) e WAGNER MENEZES (Super Rádio Tupi). Surpreendentemente, ambos foram atenciosos, gostaram do meu conhecimento futebolístico e jornalístico e pude estreitar um futuro relacionamento profissional com eles. De um mero fã, saí dessas resenhas bate papo um futuro colega de trabalho deles. “Sonhar não custa nada”, como diria a velha canção.
  7. Ser voluntário da Copa das Confederações me resgatou o ânimo de me formar em Jornalismo. Estava desanimado com a profissão devido a vários acontecimentos, em especial em 2012. Porém, a esperança renasceu. Tive contatos maravilhosos com os jornalistas brasileiros e estrangeiros (em especial os latinos) e ao vê-los trabalhar arduamente, vi que não posso deixar a esperança apagar. Se ela é a última que morre, por que vou desistir? A luta continua, minha gente!
  8. Ser voluntário da Copa das Confederações me deu uma das maiores emoções da minha vida: Dia 26 de junho – Brasil x Uruguai no Mineirão, mesmo dia em que completei 25 anos de idade. Nesta data pude trabalhar num setor vital para o trabalho dos jornalistas e de quebra consegui ver a partida nas arquibancadas nos braços do povo. Sou crítico forte da seleção, admito, mas ver a onda verde-amarela foi lindo. Não aguentei e torci pelo Brasil. Funcionou!
  9. Ser voluntário me fez tirar uma conclusão importante: se quiser trabalhar com a imprensa na Copa do Mundo, TENHO QUE ME APROFUNDAR NO INGLÊS. Não adianta vir o básico e ser nacionalista. Poucos se interessam em falar o português e mesmo com a consciência de que eles quem deviam falar a nossa língua, tenho que falar inglês razoavelmente bem, se quero me tornar um grande profissional. Pedir para outro falar para você é horrível e com isso perdi chance de conversar mais com eles e de formar novas amizades.
  10. E o mais importante: ser voluntário me mostrou que agindo naturalmente, todos nós iremos longe. Isso de tentar ser alguém só para agradar meia dúzia, não funciona no mercado de trabalho. Humildade, serenidade, raça, alegria, cortesia, perseverança e vontade de fazer sempre o melhor, fizeram os voluntários de Belo Horizonte grandes fortes elogios não só da imprensa, mas principalmente da cúpula da FIFA. Uma grande honra para todos nós, que deram o máximo de si e que teve que suportar a forte crítica dos opositores do torneio. E nesses 15 dias, vi que ser cômico, falador e superdisposto não é tão ruim assim. Isso é sinal de personalidade, inteligência e caráter. Só lamento àqueles que nos chamaram de “vendidos da FIFA” e que “trabalho de graça”. Equívoco total.
Deixo aqui o meu obrigado a todos os meus coordenadores que nos mostraram como é o trabalho nos bastidores de um evento esportivo e que tiveram a sensatez de nos orientar sem autoritarismo. Fácil não é, mas trabalhamos com muita vontade e alegria graças a essa serenidade. O mercado precisa disso. E agradeço do fundo do meu coração aos meus colegas voluntários, que além de companheiros de trabalho, foram professores um dos outros. Muitas lições e conselhos foram tirados e ressalto: aprendi muito com vocês.
Propositalmente, deixo por fim a alegria e a honra de trabalhar com a minha mãe, Mírian, que também foi voluntária (Setor dos Espectadores). Professora aposentada, ela nunca me deu aulas na escola, mas este vazio foi preenchido pelo prazer de ser seu colega de trabalho. Essa alegria, dinheiro não paga. Já pude trabalhar com o meu pai e a felicidade foi semelhante. Deus, obrigado por esse momento.
voluntarios copa
Churchill já dizia: “o otimista enxerga uma oportunidade em cada calamidade”. Eu sou otimista. Meu dia pode ser amanhã ou em 2030, mas ele vai chegar. Eu acredito sempre, e vocês? Que venha a Copa do Mundo em 2014, mais motivado e esperançoso do que nunca. Críticas cairão sobre nossas cabeças, mas vamos passar por cima disso tudo. Eu creio. Obrigado, Copa das Confederações. Obrigado, Mineirão. Obrigado, meus amigos.
voluntario copa

Por João Paulo Castilho 

Artigo: A Copa e o Brasil


Por Pedro Trengrouse. Consultor da ONU (Organização das Nações Unidas) na Copa e coordenador de projetos da Fundação Getulio Vargas. Artigo publicado originalmente na Folha de São Paulo. 





Os estádios não estão mais caros que os das últimas Copas. Não é razoável colocar os problemas nacionais crônicos na conta da Fifa

O PIB do Brasil é de R$ 4,4 trilhões e todos os investimentos previstos na Matriz de Responsabilidades da Copa, que congrega as obras que o governo julga relevantes para a realização do evento, estão na ordem de R$ 25 bilhões.

O montante é destinado às mais diversas áreas prioritárias de infraestrutura e serviços, como, por exemplo, aeroportos, mobilidade urbana, segurança, turismo, saúde e telecomunicações.

É evidente que não houve contingenciamento no orçamento público noutras áreas em razão da Copa. O PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo, investiu R$ 557,4 bilhões em infraestrutura até junho deste ano.

E, embora ainda aquém dos padrões recomendados pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os recursos aplicados em educação e saúde quase triplicaram nos últimos dez anos, com os investimentos em políticas sociais chegando a R$ 656 bilhões em 2012.

A rigor, no que diz respeito à Copa, essencial mesmo são os estádios, cujos custos totais estão em R$ 7 bilhões, divididos em R$ 3,7 bilhões financiados pelo BNDES, R$ 2,7 bilhões a cargo dos governos locais e R$ 612 milhões em investimentos privados. São nove estádios públicos e três privados. Ainda assim, considerando que os financiamentos do BNDES devem ser pagos pela operação privada das arenas, os investimentos públicos diretos representam menos de 40% do total.

E mais. Não é verdade que estejam mais caros que nas últimas Copas. O estádio mais caro do Brasil custou pelo menos três vezes menos que Wembley e, segundo estudo de uma ONG dinamarquesa, os custos médios por assento no Brasil estão no mesmo patamar de US$ 5.000 que Japão, Coreia e África do Sul, pelo menos 20% menores do que Green Point e Sapporo Dome, por exemplo.

Os novos estádios serão muito mais utilizados pelo futebol brasileiro do que pela Fifa. Conforme dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), o futebol hoje movimenta R$ 11 bilhões por ano e gera 370 mil empregos no Brasil. Mas poderia movimentar R$ 62 bilhões por ano e gerar 2 milhões de empregos, principalmente com a modernização dos estádios e ajustes no calendário, gestão e governança dos clubes. Com ou sem Copa, já valeria a pena investir nos estádios brasileiros.

O BNDES é o maior banco de desenvolvimento do mundo, superando o Banco Mundial em volume de operações. Desde 2008, quando as sedes da Copa do Mundo no Brasil foram anunciadas, o BNDES desembolsou no total mais de R$ 700 bilhões em financiamentos diversos. 

Trocando em miúdos, o investimento nos estádios representa muito pouco diante dos grandes números do banco, que poderia ousar bem mais para promover o desenvolvimento do futebol brasileiro enquanto atividade econômica relevante para o arranjo produtivo e para a identidade cultural brasileira.

Um estudo da FGV mostra que a o total de aportes na Copa pode quintuplicar. Além dos recursos previstos na matriz, a competição deve injetar R$ 112,79 bilhões na economia brasileira, movimentando o total de R$ 142,39 bilhões adicionais entre 2010 e 2014, com a geração de 3,63 milhões de empregos por ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a população. Ainda assim, é preciso enxergar o evento na perspectiva global da economia.

A maioria das obras relacionadas à Copa são realmente essenciais para melhorar a infraestrutura do país. O Brasil é o país do futebol e já precisava de melhores estádios para desenvolver seu pleno potencial de geração de emprego e renda.
O maior legado da Copa do Mundo para o Brasil seria mesmo uma profunda transformação no futebol brasileiro. Não é razoável colocar problemas nacionais crônicos na conta da Fifa.


Em entrevista, ministro Aldo Rebelo diz que Copa das Confederações foi um "sucesso" e mereceu nota 9 (a Fifa deu nota 8)

Ministro do Esporte defende mudança no horário dos jogos e diz que sistema atual pode afastar público dos estádios

O ministro Aldo Rebelo (Esporte) quer discutir um novo horário para a realização das partidas de futebol à noite durante a semana, um dos pontos nevrálgicos da programação da TV Globo e que gera pagamentos milionários aos clubes em troca do direito de transmissão.

Em entrevista exclusiva à Folha, Aldo Rebelo diz que os jogos às 22h durante a semana são um "problema" e que é "evidente" que o mercado está prevalecendo em relação ao interesse público.

Sem citar a Globo, o ministro diz que já iniciou as tratativas com os clubes e com os "detentores dos direitos de transmissão" e, até agora, a ideia de mudar o horário não sofreu resistência. Para Rebelo, a Copa das Confederações foi um "sucesso" e mereceu nota 9 (a Fifa deu nota 8).


Folha - Como é hoje a relação do governo com José Maria Marin, presidente da CBF?


Aldo Rebelo - São relações normais, institucionais. Temos uma responsabilidade comum de organizar a Copa.


Por que a presidente Dilma nunca teve uma audiência com Marin?


A presidente já esteve em várias ocasiões públicas com o presidente da CBF. Eu nunca recebi um pedido oficial de audiência com a presidente Dilma. Portanto não há como se dizer que ela tenha se negado a receber o presidente Marin, isso não é verdade.


Por que a seleção não foi a Brasília encontrar a presidente?


Não havia como viabilizar uma viagem de última hora. Todos tinham compromisso imediatamente após o jogo e não estava prevista essa vinda. A seleção pode vir a qualquer hora. Seria até injusto achar que houve da parte da CBF qualquer tentativa de impedir a seleção de vir.


A Fifa só quer lucrar com a Copa no Brasil?


A Fifa é sem fins lucrativos, mas convive com patrocinadores com fins lucrativos. A Fifa tem virtudes, transformou o futebol num esporte universal. O futebol traz a projeção daquilo que a sociedade considera o ideal, onde as regras são simples, valem para todos e os méritos e as virtudes valem para todos.

O mercado e o lucro podem representar um risco de transformar nossos ídolos numa parte de uma engrenagem. Corremos o risco de transformar [o futebol] em uma mercadoria que pode afastar o povo dos estádios.

Na Copa, é difícil porque é, de fato, um espetáculo para um universo pequeno dentro do universo interessado. Mas penso mais é na coisa permanente, no dia a dia dos campeonatos brasileiros. Como é que você tira um torcedor do estádio, principalmente os mais pobres?


O jogo às 22h não é um problema?


Evidente que é.


E não há nada que o governo possa fazer sobre isso?


Não digo nada, porque o governo pode tentar sempre. Se não por imposição legal, o governo pode ter uma capacidade de mediação e deve ter. É preciso equilibrar entre o que o mercado dá e o que mercado tira. Remunerar melhor e melhorar a capacidade dos estádios é uma coisa boa, mas não se pode transformar isso simplesmente numa mercadoria porque isso pode tirar do futebol o seu encanto.


Quando se faz um jogo às 13h em Salvador ou na quarta-feira às 22h, é o mercado prevalecendo?


Evidente. Não é uma coisa pública, talvez seja melhor o interesse público. Perguntaram por que fazer a final da Copa das Confederações à noite, quando o mais lógico seria no domingo à tarde. Imagino que tenha sido o mercado também. Esse é um dos problemas [jogo às 22h], naturalmente.


Do ponto de vista do governo, como o horário pode ser discutido?


Isso é uma negociação entre clubes e detentores dos direitos de transmissão. Então é preciso abordar esses interessados. Tem que ser resolvido levando em conta o interesse público do torcedor, do organizador e dos clubes. Eles têm que se manifestar. Já abordei essa questão com parte dos interessados e não vi nenhuma resistência em conversar.


Como o governo avalia a Copa das Confederações?


Foi um sucesso. Não foi 100% de superação, mas resolvemos. Foi nota 9. Faltou a entrega [dos estádios] dentro do tempo [dezembro de 2012]. Não pudemos fazer todos os testes e isso indicou problemas que teriam sido antecipados. Precisamos para a Copa ter mais rigor nos prazos e nos testes, mas os estádios de alta qualidade foram entregues.


São os estádios mais caros do mundo também, não?


Não é assim. O preço, quando você calcula a partir do preço do assento, está na média da África do Sul. Nossos custos são mais caros, o Brasil hoje é um país muito caro em tudo, em impostos.


Uma das principais reclamações dos protestos era sobre a Copa...


Os manifestantes se preocuparam com saúde, educação, transporte e segurança. Cobram que a qualidade e o padrão dos serviços tenham paralelo com o padrão dos estádios. Isso não significa contestação à Copa. O próprio Datafolha, depois das manifestações, revelou que 65% da população continuam a favor da Copa no Brasil.


Como o senhor vê a vaia à presidente Dilma?


Nelson Rodrigues advertiu, dando o exemplo do Maracanã, que vaiava até minuto de silêncio. É uma tradição no Brasil. Não é nada pessoal.


O senhor pretende deixar o ministério?


Pretendo, mas não sei quando nem para qual cargo. Se eu sair, uma data limite é dezembro, porque já tem a entrega dos estádios, e aí se fecha um ciclo.


terça-feira, 9 de julho de 2013

Auxílio-alimentação disponível a partir de 12 de julho

A partir de 12 de julho, quem atuou pelo programa Brasil Voluntário também poderá receber o auxílio-alimentação. A portaria do Ministério do Esporte (ME nº128 de 13 de junho de 2013) estabelece que, a cada turno de quatro horas de atividades, o voluntário terá direito a R$ 15 (quinze reais), a serem retirados em qualquer agência do Banco do Brasil.

O pagamento será feito mediante a apresentação de documento de identidade com foto e número do CPF. O valor ficará disponível para saque por 30 dias, a partir da data do depósito.

O cálculo será feito com base na atuação individual de cada voluntário e na lista de presença assinada. A portaria cumpre o artigo 3º da Lei 9.608, que dispõe sobre o serviço voluntário. Com a medida, há uma relação precisa de quem efetivamente participou, eliminando a possibilidade de desperdícios durante o torneio.

Média de ausência de voluntários do BV na Copa chega a 30%

A média de ausência dos voluntários da Copa das Confederações é 30%, segundo informações divulgadas pelo Comitê Organizador Local (COL) do torneio. De acordo com o gerente de Voluntariado do COL, Rodrigo Hermida, a média de faltas nos dias de jogo é menor (20%).
Segundo Hermida, alguns voluntários se inscreveram mas sequer se apresentaram para trabalhar, enquanto outros desistiram do trabalho, durante o evento. Ele lembra que voluntários também faltam por motivos pessoais, “mesmo se fossem pessoas contratadas [e remuneradas], haveria faltosos".
De acordo com o COL, 5.652 voluntários foram selecionados para trabalhar no evento, dos quais 265 vieram de outros países. Dados do COL mostram que 39% dos voluntários têm entre 16 e 25 anos e 38% têm entre 26 e 40 anos.
A jornalista e professora de educação física Mary Alves, moradora de Brasília, disse que faz trabalho voluntário desde os 13 anos de idade. Ela conta que conseguiu folga em um dos empregos e um substituto em outro para poder trabalhar durante a Copa no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. “Desde pequena vejo meu pai fazendo esse tipo de trabalho, se doando, querendo ajudar. Tive um bom exemplo dele”, disse.
A estudante Mariana Gomes disse que o voluntariado na Copa é uma importante experiência pessoal e profissional. “Dei sorte de ser alocada no Centro de Mídia, já que sou estudante de comunicação. Além disso, pude conhecer pessoas de outros países, como Polônia e México”, disse a voluntária.

Um dos estrangeiros que veio de longe para trabalhar de graça no evento é o industrial indiano Omprakash Mundra, proprietário de uma fábrica de aço na cidade de Calcutá. Mundra já trabalhou como voluntário em seis grandes eventos internacionais, sendo uma Olimpíada e uma Copa do Mundo. Na opinião do indiano, os preços dos hotéis são muito caros no Brasil e, nos grandes eventos, chegam a triplicar. “Os preços das comidas e bebidas são muito maiores do que na Índia”, acrescentou o empresário.

Voluntários infelizes, no sol e sem água


Dos 5.652 aceitos pela Fifa, 265 vieram de outros países e gostaram. Já os recrutados pelos governos ficavam ao soL, sem água

De Salvador - Sempre nos intervalos das partidas na Fonte Nova, o locutor oficial da arena pedia aplausos para os voluntários. E o público fazia o gesto com entusiasmo.

Figuras importantes no esquema de trabalho da Fifa, os voluntários vieram de várias partes do mundo e de diversas regiões do Brasil para ajudar na Copa das Confederações. Ganharam tênis e uniformes da adidas, beberam coca-cola, tiveram vales para fazer as refeições, receberam coisas das outras patrocinadoras do torneio e trabalharam como se recebessem salários.


Das 99,172pessoas que preencheram o formulário da Fifa, 5.652 foram aceitas sendo que 265 vieram do exterior. A francesa Veronique Michelle, de 42 anos, decidiu vir ao Brasil e foi  escolhida para ficar em Salvador. O fato de falar português,i inglês, francês, alemão e espanhol pesou na sua escolha. "Fiz

o    teste na internet e fui chamada. Como trabalho com finanças, tive de tirar férias para poder estar aqui. Na Europa as em: presas incentivam isso.”

Ela explica que quando foi realizada a Copa na África do : Sul, ela estava no Brasil a passeio e se encantou. "Eu percebi um ambiente incrível entre os brasileiros. Depois, uma prima foivoluntárianos Jogos Olímpicos de Londres e falou que foi uma experiência bacana. Resolvi arriscar”, diz a moça, que estava sempre na Fonte Nova pronta para ajudar as pessoas diante das dificuldades.

Veronique trabalhou ao lado de pessoas da Letônia, Egito e outros países. Um de seus companheiros foi Paulo Ungar, 39 anos, que nasceu em Budapeste, na Hungria, mas vive no Brasil desde pequeno. “Eu sou de  uma família de sobreviventes  do holocausto. Quis dar uma  contribuição para o país que  nos acolheu tão bem”, disse o  administrador de empresas.


Decepção

Fora do “padrão Fifa” de voluntariado, houve um processo similar feito por governos federais, estaduais e prefeituras. Mas parte dos selecionados ficou insatisfeita. Francisco José e Islania Rafaela Pereira foram aceitos pelo governo federal para atuar fora do estádio ajudando os torcedores.

“Ganhamos uma camiseta, um boné, um crachá e uma bolsa, além de R$ 15 por dia de ajuda de custo por quatro horas de trabalho. Não tem lanche, não tem água, ficamos ao sol e não podemos entrar 110 estádio. Não vi nenhum jogo aqui no  Castelão”, desabafa Islania. O amigo Francisco concorda. aNa Copa vamos tentar ser voluntários novamente, mas pela Fifa. As condicões de trabalho são bem melhores”, conclui o rapaz, que sonha com uma das 15 mil vagas para 2014.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

BV: Envio dos certificados a partir de 22 de julho


Com o fim da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013, chegou a hora da emissão e envio das certificações a todos os que participaram da etapa de treinamento e para quem atuou no torneio. O envio começa a ser feito no dia 22 de julho para os endereços informados nos formulários de atualização de dados. 

Emitidos pela Universidade de Brasília (UNB), os certificados estarão de acordo com a participação ou presença no treinamento virtual, treinamento presencial e curso de liderança. Quem atuou nos aeroportos e esteve presente no curso oferecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) também receberá um certificado de participação. Para quem fez o TOEIC, Teste de Inglês para Comunicação Internacional, o certificado será enviado junto com os outros documentos para o endereço informado.

Aqueles que atuaram nas cidades-sede durante a realização do torneio e assinaram a lista de presença, receberão o certificado de atuação, também emitido pela UNB. Esta certificação, em especial, será impressa e enviada até 31 de agosto de 2013.

Os formulários seguem de acordo com a cidade-sede e já começaram a ser enviados por e-mail. Basta preenchê-lo uma única vez, com os dados corretos de endereço, inclusive CEP, e outros dados pessoais.

Confira abaixo o link para o formulário de cada cidade-sede:






Gastos do governo com diárias aumentam R$ 12,7 milhões durante Copa das Confederações

Em junho, mês que o país sediou a Copa das Confederações, a União pagou R$ 115,3 milhões em diárias para servidores civis e militares. O valor é 12% maior que o desembolsado no mesmo período de 2012, quando R$ 102 milhões foram pagos.

O aumento pode ser atribuído em parte à realização da Copa, uma vez que um decreto presidencial, publicado no dia 14 de junho, dobrou os valores das diárias concedidas para deslocamentos de servidores e militares, para as localidades onde foram realizadas as partidas, durante o período dos jogos.

Para se ter uma ideia, dos R$ 31,2 milhões pagos aos servidores do Ministério da Justiça em diárias no mês de junho, R$ 22,3 milhões foram para arcar despesas relacionadas à Copa das Confederações, principalmente com segurança. O Ministério da Justiça é o órgão que mais pagou diárias referentes ao evento.

Do total pago pelo Ministério, R$ 1 milhão foi destinado ao pagamento de diárias para os servidores da 7ª Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal do Paraná, que foram convocados para o evento. 

O mesmo valor foi pago aos servidores da 6ª Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal de São Paulo, que também participaram da das atividades operacionais e de apoio logístico da Copa das Confederações. Além dos valores desembolsados pelas Superintendências Regionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Departamento de Polícia Rodoviária Federal gastou R$ 538,3 mil em diárias para a Copa.

O Ministério da Fazenda gastou R$ 122 mil com o pagamento das diárias. Do valor, R$ 47 mil foram destinados para arcar com despesas de deslocamento dos servidores da Delegacia da Receita Federal de Natal que participaram de ações no Aeroporto de Recife.  Funcionários das Delegacias da Receita Federal de Campos Goytacazes (RJ), São Luís (MA), São José dos Campos (SP), Santa Maria (RS), Jundiaí (SP) e Imperatriz (MA) também receberam diárias por participarem da Copa das Confederações.

Já o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação desembolsou R$ 72 mil em diárias. O total foi destinado a Comissão Nacional de Energia Nucelar, para os servidores da área técnica que deram apoio a segurança na abertura dos jogos, em Brasília. A Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, criada para gerenciar as ações de segurança dos grandes eventos que serão sediados em nosso país nos próximos anos, pagou R$ 268,8 mil em diárias aos funcionários.

A Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, garante, aos servidores públicos que efetuam deslocamentos em razão do interesse público, o direito ao recebimento de diárias e passagens. A diária é a verba concedida para pagamento de despesas como alimentação, estadia e deslocamento que o servidor realizar em razão da viagem a trabalho. Esses benefícios também se estendem aos colaboradores eventuais, que viajam para participar de eventos ou desenvolver atividade no interesse da Administração Pública.

Equipes de saúde prestaram 1.483 atendimentos durante Copa das Confederações, revela balanço

As equipes de saúde prestaram 1.483 atendimentos dentro e fora dos estádios durante a realização dos jogos da Copa das Confederações. Do total, 97% foram atendimentos resolvidos no próprio local, enquanto 3% (49 pacientes) precisaram ser removidos para unidades de saúde.

Os números são do balanço divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde Nacional (Ciocs Nacional), instalado pelo Ministério da Saúde no dia 13 de junho.

“O trabalho desenvolvido pelo Ciocs e os resultados apresentados comprovam que os profissionais e gestores do SUS das cidades-sede e do Ministério da Saúde estão preparados para atuar em eventos com elevada concentração de pessoas. Não podemos negar também que foi um ótimo evento-teste para as grandes competições que acontecerão no Brasil, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016”, avaliou o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Adail Rollo.

A maioria dos casos atendidos foi relacionada a ocorrências clínicas como atendimentos cardiológicos, gastrointestinais, dor de cabeça, alergias, torções e quedas de baixa gravidade. Entre as situações mais delicadas registradas estavam problemas cardiológicos e diabetes descompensada.

O Ministério da Saúde também disponibilizou dois hospitais de campanha, montados nas cidades de Salvador e Fortaleza, nas proximidades dos estádios, sendo que na capital baiana houve atuação de equipes da Força Nacional do SUS.

Os Centros atuaram no monitoramento da situação de saúde e da capacidade de atendimento de cada cidade onde os jogos foram realizados. Durante a competição, os Ciocs regionais, que alimentavam os dados nacionais, eram ativados sempre seis horas antes das partidas e desativados duas horas após os jogos.

Participaram do trabalho 696 profissionais divididos entre os centros de monitoramento nacional e regionais, incluindo as equipes colocadas para acompanhar em campo os trabalhos desenvolvidos na área da saúde.
As ações desenvolvidas pelos Ciocs nacional e regional foram separadas em quatro eixos, sendo eles: atenção à saúde (serviços de saúde, urgência e emergência); vigilância epidemiológica (doenças e agravos de notificação e risco e ameaça de eventos internacionais); vigilância sanitária (serviços de alimentação, saúde e saúde do viajante) e vigilância em saúde ambiental (água de consumo, situações envolvendo químicos, biológicos, radiológicos, nucleares e explosivos).

Fonte: Portal Planalto com informações do Ministério da Saúde

Cartão migratório convidará turistas para a Copa do Mundo 2014

O turista estrangeiro que visitar o Brasil será convidado para voltar na Copa de 2014, por meio do cartão de entrada e saída que todo visitante preenche quando entra no país. A partir de agora, o documento tem a marca Brasil com a frase "See you at the 2014 World Cup" (Vejo você na Copa de 2014). A ação é feita pelo Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) em parceria com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal.

A marca Brasil ficará no canto inferior esquerdo das duas vias do cartão. Uma das vias é entregue à polícia quando o estrangeiro entra no Brasil. A segunda via permanece com o visitante durante toda a estadia no país e é entregue somente na saída do território brasileiro.

Segundo o presidente da Embratur, Flávio Dino, a inclusão da marca Brasil no cartão ajuda a divulgar o país e é uma maneira simpática de convidar o turista estrangeiro a voltar no próximo ano para assistir a Copa e conhecer os destinos turísticos.

Fonte: Portal Planalto

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Reflexões de um voluntário sobre o programa Brasil Voluntário

por Renato Argôllo de Souza

Foto divulgação - Treinamento
UNB/Brasil Voluntário
Com motivação e ânimo para vivenciar uma primeira experiência de voluntariado, serviço a que pretendo me empenhar mais assiduamente, inscrevi-me no programa Brasil Voluntário, "programa de voluntariado do Governo Federal, criado para atender a Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013 e a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, gerido pelo Ministério do Esporte".

Após um período de treinamento a distância (via internet) e mais cinco sessões de treinamento presencial, como requisito (inquestionavelmente necessário) para atuar nos eventos compreendidos pelo programa, decidi compartilhar algumas reflexões sobre essa preparação, conduzida pela Universidade de Brasília (UnB), com o intuito de colaborar com a coordenação da UnB e o ministério que tem a gestão do programa.

A primeira consideração de natureza geral é a de que a UnB não se preparou adequadamente para realizar a capacitação dos voluntários. Soube por intermédio de uma professora da Universidade que a contratação da UnB pelo Ministério do Esporte somente ocorreu em janeiro deste ano. 

A Universidade teve e tem um tempo relativamente curto para a tarefa, diante da magnitude dos eventos, ainda mais que não tem experiência ou expertise na matéria. (O Cespe-UnB tem experiência com grandes concursos, mas obviamente são eventos de natureza bem distinta de uma copa de futebol de âmbito internacional.)

O treinamento a distância, pelo que se soube, não foi preparado pela UnB e teve falhas lamentáveis de natureza técnico-operacional. Uma consulta ao portal Brasil Voluntário na Internet, na seção Fórum, verificará as mais variadas críticas de voluntários inscritos no Programa. Acrescentaria apenas que, além das questões operacionais, o conteúdo do treinamento foi elementar, superficial, pouco acrescentado à preparação dos voluntários.

Voltando à UnB, ficou o sentimento de que a Universidade utilizou a capacitação dos voluntários como laboratório para os seus alunos, principalmente os dos cursos de Turismo, Psicologia e Artes Cênicas. 

Pareceu que a UnB, apesar do pouco tempo que teve, não cuidou de montar uma estrutura e agenda profissional para capacitar os voluntários, confiando essa tarefa a alunos, alguns, como se viu, demonstrando estar cursando ainda os primeiros anos do ensino superior, com pouca didática, sofrível material de apoio audiovisual e nítido nervosismo, embora todos com aparente muito boa vontade e motivação. 

Havia turmas de voluntários sem sequer um professor para acompanhar os alunos que atuavam como instrutores. A ideia de envolver os alunos é perfeitamente compreensível e plausível, mas deixá-los inteiramente sós não é sensato. Faltou, de fato, profissionalismo no trato da questão. E supõe-se que o Ministério do Esporte deve ter repassado boa soma de dinheiro para a UnB cuidar do assunto!

O conteúdo do treinamento foi absolutamente superficial, diante de uma expectativa de trabalho em dois eventos de grande porte, em que se vai lidar com situações das mais diferentes naturezas e algumas certamente complexas. 

Muito tempo foi gasto com abstrações teóricas e conceitos elementares, jogos cênicos (práticas recreativas seria o termo mais apropriado, já que apenas tangenciavam questões vivenciais) e quase nada se viu e ouviu sobre questões de ordem prática, com informações e recomendações que orientassem de fato os voluntários no trato de situações que irão enfrentar por ocasião da copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Acrescente-se que o único material impresso distribuído aos voluntários – uma espécie de manual de 49 páginas – também é superficial e parece não ter passado por revisor e editor criteriosos. Difícil entender como o IBICT aparece como coeditor! Não deve ter lido o que foi preparado!... Até a metade da página 18 só contém abstrações teóricas e conceitos, além de trechos ("Atividade 4") confusos, certamente por má tradução de texto de um autor estrangeiro. Na segunda metade da página 18 até a metade da página 27 pode-se extrair algum conteúdo orientador. 

Mesmo assim, há muitos conceitos e abstrações, orientações esdrúxulas (veja-se primeiro parágrafo da página 23) e recomendação de que o voluntário vá atrás de informações – que a UnB mesmo não procurou obter para repassar aos voluntários. É como se dissesse: "o voluntário que se vire." O que, aliás, tem sido feito, para suprir as deficiências do treinamento. Curioso é que o conteúdo mínimo orientador do miolo do "manual" não foi explorado no treinamento presencial.

Da página 32 a 49 do "manual", uma síntese sobre Primeiros Socorros e Segurança, que ajuda a fixar as instruções recebidas dos policiais bombeiros. Ressalve-se que o treinamento sobre Segurança dado pelo pessoal do Corpo de Bombeiros, mesmo limitado a poucas horas, foi objetivo, prático e conseguiu efetivamente transferir aos voluntários orientações que certamente serão úteis durante os eventos programados e no dia a dia. Foi mesmo a parte mais proveitosa do treinamento.

Sobre o TOEIC, fica a dúvida se ele foi adequado, porque não pareceu suficiente para assegurar que quem o fez e obteve nota máxima está apto para sustentar uma conversação em inglês. Quem faz essas reflexões aqui não fala inglês, pouco sabe desse idioma, mas compreendeu o suficiente para afirmar que o teste foi fraco para o propósito almejado.

Voltando ao essencial, no treinamento a distância e no treinamento da UnB faltaram, sobretudo, INFORMAÇÃO e ORIENTAÇÃO PRÁTICA. Os voluntários vão lidar com gente da cidade e gente de fora da cidade em busca exatamente disso: INFORMAÇÃO, ORIENTAÇÃO. E não foram preparados para tal!

Ainda há tempo para prover os voluntários de conteúdo que efetivamente os ajudem a receber bem e orientar os turistas e os moradores locais por ocasião das duas Copas.

Cabe perguntar: Qual a integração entre UnB, Embratur, Ministério do Esporte, Ministério da Cultura, Secretaria de Turismo do DF (Setur), DFTrans e outros órgãos para a realização dos eventos programados? Tem-se a sensação de que essa interação não foi buscada, não existiu.

No dia do jogo-teste do Estádio Nacional Mané Garrincha, isso esteve muito evidente. Os voluntários foram chamados a se reunirem no estacionamento n° 13 do Parque da Cidade, em frente da Administração do Parque, para receberem orientações de como seria o trabalho naquela tarde. As informações dadas por uma senhora que se apresentou como da Setur e um senhor do DFTrans eram desencontradas, conflitantes, quando não impertinentes, para espanto dos voluntários.

Depois dos desencontros acertou-se a divisão dos voluntários em grupos, que se deslocariam para distintos lugares sob a orientação de um "coordenador de grupo". Para mais espanto, uma "coordenadora", que revelou ser professora da Secretaria de Educação do DF, perguntou o que era para fazer. Indagada se não tinha tido recebido orientação antes, respondeu que ali comparecera indicada para trabalhar com grupo de voluntários, mas que não tivera nenhum treinamento antes e desconhecia o seu papel e responsabilidades no evento!... De novo, pergunta-se: que entendimentos prévios aconteceram entre os diferentes órgãos envolvidos no evento? A quem competia a coordenação geral?

No mesmo dia, ainda no Parque da Cidade, foi distribuído um lanche e uma camiseta para cada voluntário. Na camiseta, logomarcas na parte da frente e a inscrição: VOLUNTÁRIO, assim em caixa alta, na parte de trás. Falta de imaginação total de quem "bolou" a camiseta! Ou seria exigência (absurda) dos patrocinadores com suas logomarcas? Pois todos os que eram abordados pelos voluntários para fornecer orientação de como se deslocar até o estádio pareciam olhar os voluntários com estranheza e desconfiança, porque, naturalmente, não conseguiam ler na camiseta a palavra VOLUNTÁRIO, nem muito menos associar a figura à sua frente com alguém prestando orientação sobre o grande evento do dia. Os voluntários de fato pareciam de início pregadores religiosos abordando fiéis apressados.

Sobre o lanche, deve ser lembrado que muitos voluntários, talvez o maior número convocado para o evento, estiveram a manhã inteira na UnB, cumprindo mais um módulo do treinamento presencial, e saiu da universidade diretamente para o encontro no Parque da Cidade. Um sanduíche e uma pequena lata ou garrafa de suco ou refrigerante talvez ficassem mais baratos e certamente seriam mais nutritivos do que o "kit" distribuído: uma caixinha de achocolatado, uma barrinha de cereal e um pacote de bolacha. Para aguentar até depois das 18:00 horas, após o final do jogo...

Sobre problemas para adentrar o estádio e dentro do estádio, melhor assistir aos muitos depoimentos gravados pelas emissoras de TV que cobriram o evento.

Então há muito ainda o que fazer antes do jogo de abertura da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. A propósito, o portal na internet do programa Brasil Voluntário fala que "atuação dos voluntários será integrada com o programa de voluntariado da FIFA". Quando e como isso acontecerá?

A UnB precisa analisar urgentemente as deficiências do treinamento e prover as informações e orientações necessárias. Perguntas que não foram formuladas durante o treinamento e que devem estar incomodando os voluntários, particularizando o caso de Brasília:

– Centos de Atendimento aos Turistas (CATs). Quantos são, onde estão localizados e qual o horário de funcionamento dos CATs? O pessoal de coordenação do treinamento sabe? Se sim, faltou dizer aos voluntários. É bom lembrar à Setur-DF que seria oportuno instalar mais CATs, sinalizar melhor os que já existem, dotá-los de material informacional e divulgar a sua localização. A entrada e a fachada com letreiro do CAT da Asa Sul estão voltados para o interior do setor; quem passa pelo local na Av. W3 Sul e quem está hospedado nos principais hotéis da Asa Sul não saberá o que há naquele quiosque. Na semana que antecedeu o jogo-teste só havia naquele CAT mapas da cidade apenas para uso pessoal da atendente; não havia exemplares para distribuir a turistas.

A propósito, uma ida à sede da Setur-DF (quem sabe onde fica?) revelará que faltam mapas atualizados de Brasília (há um com tiragem quase esgotada) e, principalmente, informações sobre horários de visita de principais pontos turísticos da cidade. Em 1999, por ocasião do Brasilia Convention & Visitos Bureau, imprimiram um mapa completíssimo com essas informações. Curiosamente há uma boa publicação com muita informação, mas ... em ITALIANO. Ressalve-se que na sede da Setur há uma ótima publicação – Guia Abrasel – com informações úteis sobre gastronomia (restaurantes, bares|) e turismo. Quantos conhecem essa publicação? E na Câmara dos Deputados há um folheto muito bom – Turismo Cívico em Brasília – com informações sobre o horário de visita de 12 pontos turísticos da cidade. Quantos conhecem esse folheto?

– Localização dos voluntários. Onde e como serão distribuídos os voluntários na cidade? Por ocasião do jogo-teste, além do problema da camiseta mencionado, ficou patente a falta de pontos fixos para os voluntários, com uma mesa ou pequena bancada com "banners" sugestivos na saída do metrô, na rodoviária, e em outros pontos. Para o jogo do dia 15/6, isso poderia ser providenciado com "banner": COPA DAS CONFEDERAÇÕES. PODEMOS AJUDAR?

– Atendimento médico de urgência. Durante o jogo da Copa das Confederações e os jogos da Copa do Mundo haverá postos móveis de atendimento médico próximos ao estádio e aos setores hoteleiros? Onde? Com quais horários de funcionamento? Além desses, quais são os telefones de Plantão Médico da Cidade ou dos hospitais mais próximos? Qual o número de telefone do SAMU?

– Mobilidade / Transporte. Quais as linhas, itinerários e pontos extras de parada de ônibus que serão disponibilizados e reforçadas para atender à população local e turistas durante os eventos? Onde estão ou estarão localizados os pontos de táxis no centro da cidade e nos locais de maior concentração e movimentação de pessoas durante os eventos?

– Acesso ao estádio. O voluntário e o turista não terão um folheto ilustrativo com a estrutura do estádio, onde seja possível localizar os portões de acesso e os setores numerados de cadeiras? Se sim, quando estará disponível esse folheto?

– Troca de moeda. Onde se localizam ou se localizarão, durante os eventos, casas de câmbio para que turistas estrangeiros possam cambiar dinheiro? Qual o horário de funcionamento dessas casas de câmbio?
– Correio. Além da agência da ECT no Setor Hoteleiro Sul, haverá outros postos de atendimento durante os eventos. Com quais horários de funcionamento?

– Eventos paralelos. Qual a agenda eventos na cidade por ocasião dos jogos? Não se vai programar nada de especial para a ocasião? Cabe pensar sobre a conveniência de preparar e divulgar uma agenda dos eventos que ocorrerão antes, durante e logo após os jogos, em Brasília e cidades próximas.

– Contato. Qual ou quais são os telefones da coordenação geral dos voluntários para eventuais usos em caso emergencial ou de necessidade de informação complementar?

Certamente haverá outras perguntas. Alguns poderão entender que essas perguntas serão respondidas por profissionais de turismo ou que os voluntários não terão de se preocupar com elas. Se for assim, cabe então perguntar: qual será mesmo o trabalho do voluntário?

Se pertinentes, não seria o caso de se preparar, realmente, um manual do voluntário?

O treinamento foi dado como terminado e a questão central do trabalho do voluntário ainda parece nebulosa. Como outros voluntários poderão agregar também críticas e sugestões (alguns têm se manifestado pelo Portal na internet), e a coordenação poderá também se manifestar, resta aguardar um pouco mais. Tomara que não deixem para a última hora.

E vocês, concordam? Comentem sobre o assunto!

Reflexões postadas em 3 de junho de 2013
por Renato Argôllo de Souza