Depois
do jogo Flamengo X Santos no Estádio Nacional Mané Garrincha, com
arrecadação de quase R$ 7 milhões e ingressos de até 400 reais, bem
acima da média nacional, a deputada Celina Leão (PSD) apresentou o
“Ingresso Legal”, um projeto de lei para coibir práticas contra a ordem
econômica e a economia popular reprimindo, o aumento demasiado nos
lucros da comercialização de ingressos nas competições esportivas e
eventos culturais no Distrito Federal.
A ideia do PL protocolado nesta terça (28) na Câmara Legislativa é limitar o valor cobrado pelos ingressos,
que não poderá ultrapassar 15% do valor da média nacional, que tomará
por base os eventos similares ocorridos em diferentes regiões do país.
Quando não for possível apurar a média nacional o valor estipulado
deverá ser justificado mediante apresentação de planilha técnica e de
custos.
Caso
o “Ingresso Legal” seja aprovado, as punições para o descumprimento do
estabelecido são multas que variam de 50 a 500 vezes o valor do maior
ingresso, de acordo com cada competição ou evento e, ainda nos casos de
reincidência, a proibição de realização de outras competições ou eventos
no DF pelo prazo de um ano. “Um preço é justo, quando cria um parâmetro
para a cobrança dos ingressos e um retorno financeiro aos cofres
públicos”, diz deputada.
Outro
ponto observado pela deputada são os eventos de grande magnitude, que
exigem a participação direta de agentes e veículos oficiais dos poderes
públicos, neste caso o PL prevê a cobrança de taxa no valor
correspondente no mínimo de 15% do lucro líquido apurado em planilha de
custo. “Essa é uma forma de não expor o DF ao ridículo que aconteceu no
último jogo, quando o GDF conseguiu retornar aos cofres públicos ínfimos
4 mil reais”, observa Celina.
Preços exorbitantes – Segundo
Celina, a motivação para a proposta são os preços exorbitantes, que
levaram a população, disposta a conhecer a nova arena e assistir ao
jogo, a fazer das “tripas coração” para adentrar ao novo estádio. “Não
vou negar que o estádio é um dos mais bonitos do Brasil, mas é o mais
caro do mundo. É um investimento muito alto para um estádio, enquanto a
cidade carece de outros serviços públicos essenciais e, ainda a
população, que nunca terá acesso gratuito, ter de amargar preços
abusivos”, afirma a parlamentar.
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