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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Comércio: Brasília espera por movimento de última hora


A três dias da abertura da Copa das Confederações, o movimento no comércio do Distrito Federal propiciado pelo evento é nulo. Brasília será a sede do jogo de abertura do campeonato, neste sábado, mas entidades representativas de taxistas, bares, restaurantes e hotéis afirmam que é como se nada de especial estivesse ocorrendo.

Apesar disso, o governo do Distrito Federal estima que R$ 12,3 milhões serão injetados na economia local no dia do jogo, desde que 85% da capacidade do estádio estejam preenchidos, o equivalente a 60 mil pessoas. Restaurantes e taxistas também esperam lucro no sábado.

O setor hoteleiro é o mais pessimista. "Não há expectativa para vinda turista internacional. O grande público é o viajante nacional, mas quem vem de um raio de 500 km não fica em hotel, volta no mesmo dia", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi.

De acordo com dados da Fifa citados por Fermi, na Copa das Confederações apenas 2,5% do público são de turistas internacionais. Já os viajantes nacionais respondem por 30% do bolo. O restante, 67,5%, correspondem a pessoas da própria cidade. "Esse é o perfil para todas as cidades sedes, sem exceção."

Até ontem, restaurantes e taxistas também não perceberam incremento nos negócios, embora esperem melhora no sábado. "A expectativa é que aumente, mas não temos parâmetro de comparação porque nunca houve um evento desse porte em Brasília", disse o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do DF (Abrasel-DF), Jaime Racena. "Em tese, os turistas devem começar a chegar agora e vão querer conhecer bares e restaurantes."

A presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do DF (Sinpetaxi-DF), Maria do Bonfim, se mantém otimista. "A expectativa é que no dia do jogo tenha mais cliente."

Por enquanto, agitação mesmo só se vê na Esplanada dos Ministérios, zona central de Brasília. Ali, de frente para o Congresso Nacional, o governador Agnelo Queiroz (PT) organizará uma festa de dez horas para celebrar o início do evento esportivo, a "Brasilia Joga Junto". A celebração, que custará aos cofres públicos R$ 5 milhões, contará com shows e até um cortejo de trios elétricos para conduzir até o local o público que estará no estádio.

O local já recebeu, inclusive, os enfeites planejados. Todos os postes que margeiam as duas avenidas contam com as letras que compõe Brasil. Após a palavra completada vem a logomarca do evento e o slogan "a pátria de chuteiras".

Além disso, o plano piloto (parte da cidade planejada por Lúcio Costa composto pelas Asas Sul e Norte, assim como a parte central "do avião") já conta com placas especiais para a Copa. Para criar e instalar as sinalizações bilíngues foram gastos R$ 1,760 milhão.

Já o palco do jogo, o Estádio Nacional de Brasília deve custar R$ 1,8 bilhão, dos quais R$ 1,2 já foram contratados. Os dados são do Portal da Copa. Considerando a projeção de que cada dia de evento no estádio é capaz de injetar R$ 12,3 milhões na economia local, serão necessários 146 jogos com público de 60 mil pessoas para obter o retorno do dinheiro investido na arena. A média de público do campeonato candango foi de 556 pagantes em 2013.


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