Governo federal e FIFA fazem
avaliação positiva da primeira fase da Copa das Confederações e
reafirmam compromisso com legado social
O ministro do Esporte detalhou os
investimentos previstos na Matriz de Responsabilidade da Copa, que lista
uma série de obras de mobilidade urbana, aeroportos e infraestrutura
que integram o planejamento estratégico do país para aumentar e
antecipar recursos para o desenvolvimento da infraestrutura. E rebateu
as críticas atuais contra os investimentos com obras de mobilidade que
estão sendo realizados com o recebimento da Copa do Mundo no país. “Se
esses investimentos forem tratados como custos, há um problema
conceitual e o Brasil não estará aproveitando esta excelente
oportunidade de se desenvolver”, enfatizou.
O ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, e o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, avaliaram
positivamente a primeira fase da realização da Copa das Confederações no
Brasil. Ambos ressaltaram a importância da realização do evento e
destacaram o papel potencializador de desenvolvimento econômico da
competição para as cidades-sedes e para o Brasil.
A afirmação foi feita
em entrevista coletiva na manhã de hoje no Estádio Mário Filho, o
Maracanã. Também estiveram presentes o diretor de Comunicações da FIFA,
Walter de Gregorio; o secretário-Executivo do Ministério do Esporte,
Luís Fernandes e o CEO do COL, Ricardo Trade.
Inclusão Social - O
ministro destacou ainda que o futebol, no Brasil, é muito mais do que um
esporte. “Em um país que já foi muito desigual, o futebol é uma grande
plataforma de oportunidade. Ele se estabeleceu no país não por uma
questão de mercado e nem por uma questão política, mas pela prática do
povo”, destacou.
Para o secretário-Executivo do
Ministério do Esporte, Luís Fernandes, a realização destes eventos tem
um papel fundamental e deixará inúmeros legados. “A Copa do Mundo tem
que ser vista sob uma perspectiva maior, uma estratégia de investimento
para o país. Não podemos falar em custo da Copa do Mundo, mas sim em
oportunidade de desenvolvimento da Copa do Mundo”, pontuou.
A diversidade das cidades-sedes - Após
a coletiva, cada cidade-sede nos seus respectivos stands divulgaram
balanços regionais sobre a Copa, turismo e de investimentos realizados. O
secretário de Turismo, Luiz Otávio Neves; o coordenador do Comitê
Brasília 2014, Sérgio Graça, e coordenadora-chefe de Comunicação para a
Copa, Samanta Sallum, recepcionaram Jérôme Valcke e Ricardo Trade. “Se a
Copa das Confederações em Brasília já foi boa, e foi só um jogo,
imagina no ano que vem, com a Copa do Mundo, que serão sete jogos na
cidade”, destacou Trade.
Oportunidade de desenvolvimento - A
organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo irão
acrescentar R$ 112 bilhões na economia brasileira e gerar 3,6 milhões de
empregos, segundo levantamentos divulgados pelo governo federal. Em
Brasília, com o jogo de abertura da Copa das Confederações entre Brasil x
Japão, no dia 15 de junho, a realização do evento movimentou cerca de
R$70 milhões na economia local, segundo pesquisa da Codeplan. O
faturamento do comércio e dos serviços vinculados ao evento aumentou em
10% durante a semana de 10 a 16 de junho.
Segundo levantamento da Embratur, o jogo
entre Brasil e Japão atraiu 11.521 turistas, entre brasileiros e
estrangeiros. De acordo com a Federação do Comércio do DF, os hotéis
foram os principais beneficiados e registraram uma alta de 70% na
demanda, que chegou a 95% de ocupação.
"Tivemos apenas um jogo que, apesar de
importantíssimo por ser a abertura, já demonstrou que podemos aproveitar
para desenvolver a cidade. Na Copa do Mundo o resultado será ainda
melhor", avaliou o secretário de Turismo.
Melhorias no transporte público e mobilidade urbana – Além
de licitar toda a frota de ônibus do DF, que na próxima sexta-feira
(28) já começa a ser substituída, o Governo do Distrito Federal investiu
em projetos de mobilidade urbana. Por meio do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), o GDF garantiu aproximadamente R$ 4 bilhões em
investimentos para obras de infraestrutura e mobilidade.
Entre as obras
em andamento, a readequação da via que liga o aeroporto ao centro da
capital, a DF-047. Ela contará com via exclusiva para ônibus de
passageiros, turistas e delegações. Ainda está prevista a expansão e
modernização do metrô, a construção do túnel de Taguatinga, a construção
de 600 km de ciclovias em várias cidades e o Expresso DF-Sul, que
ligará as cidades do Gama e Santa Maria ao Plano Piloto e será outro
grande legado das competições.
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